Carlos Simplicio

Presbítero e Escritor

Carlos Simplicio é presbítero, palestrante, conselheiro e escritor com uma vasta experiência de mais de 20 anos lidando com questões espirituais e emocionais. Ele é natural da Paraíba, é casado, pai de uma menina e membro da Igr. Ev. Assembleia de Deus no RJ. Carlos Simplicio concluiu os estudo pela IFF Instituto Federal Fluminense, cursou Teologia do Novo Testamento, Hermenêutica, Bibliologia, Homilética, Evangelismo e possui uma boa experiência na atuação e direção de teatro, eventos missionário, gincanas escolares, produção de imagem e vídeo e é membro dos Escoteiros do Brasil. Como escritor sua missão é transmitir a mensagem do evangelho de positivas e inspiradoras para seus leitores, baseadas em suas experiências como cristão conservador ortodoxo, em sua crença na força da renúncia por amor a Deus e da fé que através da Bíblia Sagrada é possível vencer os desafios da vida. Seu conteúdo está publicado em Uiclap.com, Recanto das letras, Livraria Polobooks, Revista Minho Digital, Clube de Autores, Bok2 , Skoob, Amazon e são recomendados a aqueles que desejam entender de forma simples a sua mensagem. Ele apresenta na ficção a realidade de vivemos e que se revela através da palavra de Deus deixando o leitor refletir sobre o enredo. De uma maneira natural ele usa temas do dia-dia para mostrar o sobrenatural e a importância de buscar o prazer na leitura para enriquecer a vida espiritual. Todavia ir mais profundo e construir um relacionamento com o próximo e principalmente, com Deus. Com uma escrita cativante e motivadora, Carlos Simplicio inspira seus leitores a viverem suas vidas com propósito e significado, fortalecendo sua conexão com as tradições, os princípios e o respeito aos antigos que foram responsáveis em nos fizeram chegar a plenitude dos tempos. Além disso se possível encontrar respostas para algumas questões particulares a respeito da vida.


CRISTÃO TRADICIONAL, CONSERVADOR E ORTODOXO

Houve um tempo, quando eu era jovem, que rejeitava qualquer coisa que me identificasse como tradicional. Naquela época, ser tradicional significava não ser pentecostal. E eu queria muito ser pentecostal e que me vissem como um. Os tradicionais eram/são solenes, reservados. Já os pentecostais são/eram alegres, empolgados com a fé, espontâneos, exuberantes, se mostravam donos da espiritualidade. Eu não me considerava pentecostal — não no sentido clássico do termo —, mas também não era tradicional.

Hoje confesso com alegria que sou tradicional. Não perdi a alegria e o entusiasmo que aprendi com os meus lideres pentecostais, mas agora não ser tradicional é ser moderno, que significa romper com a história, não ter raízes, nem tradição. Gosto do meu passado, gosto de cantar os velhos hinos como "Rude Cruz", de ouvir pregações com conteúdo teológico, centradas nas Escrituras e que dispensam o personalismo narcisista dos pregadores modernos. Chego a gostar de uma certa solenidade e reverência no culto. Gosto de saber que a fé que professo foi professada por muitos que viveram antes de mim e que a proclamaram sob muito sofrimento. Não gosto das inovações que vejo por aí, da agitação nos cultos, das coreografias com tules esvoaçantes que não dizem nada; músicas que não inspiram, apenas agitam, ou cantadas para as multidões; pregações de autoajuda que fazem chorar e enrugar o rosto acompanhadas de melodias melancólicas.

Na minha juventude, ser conservador era comprometer-se com a direita, apoiar ditaduras totalitárias, resistir às mudanças, apoiar o machismo decadente. Não ser conservador era ser revolucionário, e era isto que eu queria ser. Naquele tempo apoiava os movimentos pela volta da democracia, o modo de envolvimento da igreja nos temas políticos e sociais, abracei a teologia da missão integral e vi a igreja e o país mudando. Ainda guardo comigo este espírito revolucionário.

Mas hoje o oposto ao conservador é o liberal que abriu mão dos valores morais, das verdades teológicas e do temor a Deus. A vulgarização e a banalização do corpo e do sexo, a desvalorização da família e essa imensa e indefinida "abertura" que vivemos em nada têm contribuído para a sociedade, ou para a igreja. Toda a luta das mulheres contra a opressão e a exploração do corpo como objeto sexual acabou em um grande mercado erótico de ofertas bizarras, tanto nas nas ruas, como nas mídias. A disciplina e a educação dos filhos foram abandonadas pelos pais, delegada para as escolas, TV, internet, e depois para as clínicas psicológicas. A intensificação do individualismo requer, cada vez mais, o direito a toda forma de promiscuidade, em nome do amor. Sou hoje um conservador. Ainda luto contra as injustiças, mas não me identifico com o espírito liberal dos tempos modernos. Continuo crendo na sacralidade do corpo como templo do Espírito Santo, no sexo como expressão sublime do amor de Deus na aliança conjugal. Permaneço convencido de que a família é o espaço criado pela providência divina onde aprendemos a viver comunitariamente. Creio na contemporaneidade de todos os mandamentos de Deus e no seu poder de preservar a sociedade da autodestruição.

Por fim, vejo também que hoje sou ortodoxo[1] na minha fé e teologia. Nunca fui liberal, nem fundamentalista; sempre me considerei um (crente) evangélico. Porém, diante da nova onda de fundamentalismo, não apenas o religioso, mas, principalmente, o fundamentalismo totalitário neoliberal, que, em nome de uma pseudo-abertura, impõe sua agenda moral e religiosa que não aceita questionamentos, preciso dizer que sou hoje um evangélico ortodoxo. Minha fé continua alicerçada na autoridade das Escrituras Sagradas, no Credo Apostólico, nas confissões históricas e na longa tradição cristã. Creio na morte e ressurreição de Cristo, na sua mediação entre Deus e os homens e que fora dele não há salvação. Creio na autoridade da Bíblia como revelação de Deus e dos seus propósitos. Creio na absoluta soberania divina, e me silencio diante do seu mistério. E creio na igreja, apesar das suas crises e conflitos. É assim que me vejo hoje. Tradicional, conservador e ortodoxo.

A recomendação de Paulo aos crentes de Tessalônica é muito apropriada para estes dias confusos que vivemos: "Portanto, irmãos, permaneçam firmes e apeguem-se às tradições que lhes foram ensinadas, quer de viva voz, quer por carta nossa" (2 Ts 2.15)(1 Cor 15.33 e 2 Tim 2.16).

Deus e que seja louvado.


[1] Ortodoxo é uma expressão usada para fazer referência a algo rígido, tradicional, que não evolui, que é conservador, que não se adapta nem admite novos princípios ou novas ideias. É aquele que está em conformidade com os princípios tradicionais de qualquer doutrina.


EU CREIO:

Como um membro da Igreja do Senhor Jesus Cristo, faço parte de um grupo de pessoas imperfeitas que buscam a perfeição no Senhor:

Acreditamos que a Bíblia é a mensagem de Deus revelada a nós com o propósito de nos guiar em direção a Ele. Com isso em foco, encontramos na Bíblia verdades essenciais e princípios que estabelecem o fundamento de nossa fé em Jesus Cristo. Essas verdades estão no centro de quem somos como membros da igreja, a noiva.

Creio no único e verdadeiro Deus eterno que é Pai, Filho e Espírito Santo.

Creio em Deus, que é o Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis.

Creio no Filho, Jesus Cristo, que é o Filho de Deus e nosso Salvador e que:

- Nasceu em Nazaré, totalmente humano e totalmente divino, concebido do Espírito Santo e nascido de uma virgem chamada Maria.

- Viveu a vida perfeita e sem pecado e nos ensina a viver como Ele

- Sofreu e foi crucificado não pelos seus próprios pecados, mas pelos pecados do mundo

- Morreu, foi sepultado e ressuscitou do túmulo no terceiro dia após a Sua morte

- Subiu ao céu e agora está sentado à direita de Deus

- Prometeu voltar à terra para julgar todas as pessoas, tanto vivas quanto mortas.

Creio em no Espírito Santo, que tem sido a presença de Deus na terra desde o início e que:

- É Deus, em tudo e em todos

- Vive e trabalha em cada crente batizado (cristão confesso)

Creio na Bíblia - a mensagem de Deus, Sua Santa Palavra (Só as Escrituras).

Acreditamos que Deus inspirou os escritos originais dos 66 livros da Bíblia e esses escritos originais sem erros (inerrante).

Eu confirmo a Bíblia como a autoridade final para todas as questões de fé e prática, (a verdade absoluta) pois revela Deus, a sua visão, a sua vontade e seus propósitos assim como as boas novas de salvação para todas as pessoas que O aceitarem

Creio que a Bíblia ensina que todas as pessoas:

- Estão separadas de Deus pelo pecado

- Estão sem esperança, separadas da graça salvadora de Deus por meio de Jesus Cristo na qual é a única esperança

Creio que a Bíblia ensina que a salvação (perdão dos pecados e se reunir com Deus) é somente pela graça (o dom da salvação de Deus dado sem mérito) por meio da morte sacrificial de Jesus e realizada por meio do relacionamento com Ele

Creio que a Bíblia ensina que o crente confesso se compromete com este relacionamento com Deus e Sua graça por:

- Crer e confiar em Cristo para salvação dos pecados

- Arrepender-se do pecado (reconhecer e desprezar a pecaminosidade e decidir abandonar a vida de pecado)

- Confessar que Jesus Cristo é o Senhor (uma decisão de se submeter aos desejos de Jesus em todas as áreas da vida) aderir o estilo de vida de Cristo

- Ser imerso (batismo significa "imerso na água") em Cristo em obediência ao evangelho, de modo desejável, renunciar a velha criatura

Creio que a Bíblia ensina que nosso relacionamento com Deus pede uma resposta de cada crente (discípulo). Esta resposta ao nosso relacionamento com Deus nos inspira a:

- Adorar a Deus, por sua pessoa

- Amar uns aos outros em perfeita unidade, por amor a Cristo

- Crescer espiritualmente para se tornar como Jesus

- Compartilhar as boas novas ( o Evangelho) de Jesus Cristo a todas as pessoas, em toda maneira de viver

- Servir os outros como a si mesmo sem a exposição da obra

Creio que a igreja, o grupo de crentes fiéis seguidores de Jesus Cristo é:

- Fundada por Cristo

- Estabelecida após a ressurreição de Cristo - Santa e imaculada

- Consiste em todos os crentes (cristãos confessos) em todos os lugares no mundo que obedeceram ao evangelho

Creio que a Bíblia ensina que os anciãos (também chamados de pastores e bispos) são os líderes espirituais e guias da igreja local na qual servem as ovelhas de Cristo sendo responsáveis para ensinar e conduzi-la a santidade pela palavra de Deus.

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